“Perguntou-lhe certo homem de posição: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? ... Respondeu-lhe Jesus: vende tudo o que tens, depois vem, e segue-me.” Lucas 18:18-30
Muitas pessoas evitam pensar sobre a eternidade, e quando pensam, pensam que será uma viagem guiada pelo “piloto automático”. A atriz americana que interpretou um dos papéis principais do filme “E.T. – O Extra-terrestre”, hoje com quase trinta anos, afirmou há algum tempo: "Se eu morrer antes do meu gato, dêem-lhe minhas cinzas para comer. Assim, pelo menos vou continuar vivendo através dele".
Quando olhamos o contexto bíblico do jovem que vai até Jesus, enxergamos um jovem de aparente religiosidade, pois tanto conhecia os mandamentos como os praticava, enxergamos também um jovem que possuía bens materiais. Mas o olhar acurado de Jesus enxergou coisas que somente Ele pôde vê. Enxergou Jesus que o apego externo aos bens matérias, ou melhor, a avareza daquele jovem líder judeu extrapolava em muito a primazia que Deus exige. Dizendo Jesus – vai vende tudo o que tens – estava ensinando que a Deus pertence o primeiro lugar em nossas vidas, em tudo Deus deve ter a primazia, mas ele rejeitou ao único Mestre que podia guiá-lo através dos árduos caminhos dessa vida; afastou-se do único Caminho que podia conduzi-los ao caminho da felicidade e da vida eterna.
Dizendo Jesus ainda: “Depois vem, e segue-me”, somente depois de vender tudo quanto possuía era que o jovem estava pronto para seguir ao Mestre, como entender isso? Jesus explica que aqueles que confiam ou desejam loucamente qualquer coisa dessa terra, seja dinheiro, sexo ou poder, não confiam em Deus ou não querem humilhar-se a Deus. O jovem desse episódio bíblico preferiu o gozo passageiro do pecado ao invés do dom inefável da vida eterna.
Os que por perto estavam ouvindo o desfecho do diálogo entre Jesus e o jovem rico, disseram: Logo quem pode salvar-se? Mas Jesus respondeu: As coisas que são impossíveis aos homens, são possíveis a Deus. O que Jesus nos ensinou é que a renúncia a tudo por amor a Cristo é igualmente impossível tanto para ricos quanto para pobres, por isso dependemos da graça do Senhor e do seu toque milagroso em nossos corações para abraçarmos com fé a salvação e nos convertermos dos caminhos naturais da inveja, do egoísmo e do pecado.
